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Canta o chão de terra varrido,
hibiscos beijam, abraçam o muro
Palmas, juremas, festejam o musgo.
Galhos espicham, folhas do cajueiro em flor fazem cócegas no telhado.
Fruto dependurado,
o doce amarelo roga pra ser degustado.
O vento encanta, envolve a mangueira, remexe a bananeira,
rege as nuvens, o calor, a pedreira.
Redemoinho de poeira cobre, carrega o anjo de cimento, no desenrolar do véu, dança sobre o jardim de um tempo.
Na varanda, corre o som d’água no pequeno pote de barro...
Sapos rastreiam a fonte, escalam pedra por pedra, derrubam os Reis magos, os bois, os carneiros, que encontram no caminho.
O anjo desaba, Virgem Maria desmaia, São José se espalha.
o menino Jesus na manjedoura suporta o peso do anfíbio desajeitado, rugoso, espaçoso, que se acomoda na caminha de mato sobre o recém -nascido, ocupando todo o espaço da estalagem.
Galo desperta, latidos de festa,
manhã de Natal, cacos coloridos, mimos partidos!
Sapos de todo formato, agora, fazendo parte
da decoração, da composição:
quem invadiu o mato de quem?
Perto da fonte agitada, a música corre suave em coro,
ao som dos grilos, dos sapos, dos goles do tinto, e do barulho: como tirar Jesus do sufoco?