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Silvana Carneiro
    Feirense, nascida e criada em sua cidade natal e aqui residente. Pedagoga pela UEFS - Universidade Estadual de Feira de Santana, Especialista em Gestão, coordenação e orientação educacional e pós-graduanda em Psicopedagogia pelo Núcleo de Pós Graduação Gastão Guimarães.
    Silvana é professora do Ensino Fundamental em uma escola de ensino privado aqui de Feira, e também coordenadora em outra instituição neste município. Apresentou monografia sobre a contação de histórias, e por perceber que esse tipo de "atividade" tem perdido o espaço para as novas tecnologias, entende, como afirma em suas próprias palavras que “...existe a necessidade de um resgate, pois de acordo com estudos essas histórias auxiliam na formação dos sujeitos.”
    É com este objetivo que essa feirense de currículo profissional invejável vem colaborar e participar do Viva Feira, contando histórias, ou mesmo estórias como gostamos de afirmar aqui no site. 
    Quando retornarmos com o programa em áudio Prosa e Música esse será um tema que estaremos abordando sempre com o apoio de Silvana. Por enquanto vamos acompanhar o trabalho de Silvana em sua coluna, que passamos a publicar.



SENTA QUE LÁ VEM HISTÓRIA

O uso da história Chapeuzinho Vermelho, na sala de aula, de um modo interdisciplinar


Publicado em: 19/05/2017 - 17:05:37


Quem pensa que uma literatura infantil ou contos de fada só deve ser usado para distração das crianças está muito enganado!

Trarei alguns textos com dicas excelentes para trabalhar literatura infantil e conto de fadas dentro dos conteúdos específicos de cada grupo ou ano/série.

Para começar irei trabalhar com a história: Chapeuzinho Vermelho.

Acredito que todos tenham conhecido a história da tal menina que leva doces para a sua vovó, à pedido da sua mãe, e desobedece as instruções da mesma, indo para a casa da sua avó pela floresta e conversando com o estranho, que neste caso é o lobo.

As consequências para tal desobediência não são tão agradáveis: o lobo prende a vovó no guarda-roupa e se veste com a roupa dela esperando a netinha deitado na cama para poder comê-la.

Ainda existem outras versões que contam que o lobo matou a vovó e ficou em seu lugar esperando a chapeuzinho.

Contudo, ambas trazem o mesmo final, o caçador salva a vovó e a pequena menina.

Infelizmente, na vida real, conversar com estranhos nem sempre traz finais felizes.

Deparamo-nos constantemente com tristes situações de crianças que são sequestradas e acabam não sendo mais encontradas por suas famílias devido a diálogos com pessoas desconhecidas. Este poderá ser um dos primeiros assuntos a ser trabalhado com a história.

Além disso, podemos utilizá-la também para trabalhar palavras e suas formas de escrita, na disciplina de língua portuguesa.

Uma dica interessante para esse trabalho é o professor dispor fichas com algumas palavras presentes na história e após a leitura da mesma, pedir às crianças que busquem nessas fichas as palavras solicitadas pelo professor.

A listagem de palavras dependerá da turma e do nível em que se encontra, podendo ser: dissílabas, trissílabas, polissílabas ou até mesmo frases (para uma turma do Ensino Fundamental).

O professor também poderá solicitar que a criança reescreva a história do seu jeito, modificando o que achar necessário, desta forma ele estará trabalhando a produção textual, bem como, a ortografia e a escrita do aluno.

Na disciplina de geografia, poderá ser trabalhado o tipo do lugar por onde a Chapeuzinho passou: floresta. Solicitando aos alunos que digam quais aspectos geográficos podemos encontrar nesse espaço e qual a diferença entre a floresta e um lugar urbano.

Podemos também utilizar esse mesmo aspecto para trabalhar os elementos vivos e não vivos presentes na floresta, contemplando assim a disciplina de ciências.

Para trabalhar a disciplina de matemática, o professor poderá usar e abusar da imaginação dos seus alunos, questionando o que eles imaginam que possa existir naquela cesta (doces, bolachas, sucos) e registrando a quantidade no quadro. Para que em seguida possam ser realizados problemas matemáticos envolvendo esses aspectos.

É importante que o professor tenha consciência de que ao trabalhar uma história de maneira interdisciplinar, ele precisa está disposto a ter um leque de informações trazidas pelos alunos dentro das diversas disciplinas.

Precisamos entender que uma história proporciona compreensões diferentes entre as pessoas, independente da idade ou do gênero serem os mesmos.

Ah! E não esqueça jamais que o método para utilizar a história precisa ser decidido antes da utilização da mesma, ou seja, você irá ler ou contar a história? Existem técnicas diferentes para cada uma dessas ações.

Mês que vem trarei mais uma história infantil e sua utilização na sala de aula.

Aguardem!



Fonte: Silvana Carneiro







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