Jurandy Ferreira Gomes, é compositor, cantor, cantador e instrumentista, com opção por violão e viola de 12 cordas, é nascido em 02-11-50, na cidade de Tucano, adotou o apelido JURANDY DA FEIRA, que Luiz Gonzaga lhe conferiu, por julga-lo de Feira de Santana, onde residia, à época que conheceu o Rei do Baião. Jurandy mudou-se para Feira de Santana, adotando o nome artístico de Jurandy da Viola, e aqui integrou-se a vida cultural da época, tocando e cantando nos bares e casa de espetáculo de Feira de Santana, sendo o primeiro artista a se apresentar no "Engenho Velho", com seu amigo e parceiro de então, Cescé, e participando de todos os movimentos culturais de Feira quando contava apenas com 17/18 anos. Jurandy nunca teve dúvida do que pretendia fazer em sua vida, de pronto ainda menino escolheu a música e nela se atirou com a força que todo jovem tem para buscar seus objetivos.
Sua escolha compreendia a música de raiz, por isso mesmo, sempre foi ligado a música regional, ao forró e a contoria, estilos que mantém ate hoje, no Rio de Janeiro, onde atualmente tem residência. Quando desenvolvia seu trabalho em Feira, que é de fato o berço, onde se profissionalizou, resolveu com um grupo de amigos, visitarem o Rei do Baião em sua terra Natal, entre eles se encontrava Vitalmiro Cunha, o ex-presidente da OAB Feira em suas incursões pelo mundo da música, quando ainda era um estudante secundarista. Permaneceram em Exu por uns oito dias e lá foram recebidos pelo Mestre Lua, quando este se empolgou com uma composição de Jurandy e resolveu gravá-la. A comitiva de feirenses voltaram para casa e algum tempo depois, vindo dar um show em Feira de Santana, Gonzagão já trouxe o disco com a música em uma de sua faixas, com o crédito para JURANDY DA FEIRA, batizando Jurandy e dando-lhe a naturalidade da cidade onde sua arte despontou e tomou forma. Daí em diante o sonho se estendeu, com a viola na mão e a certeza de seu destino Jurandy partiu para o Sul do Brasil, instalando-se no Rio de Janeiro, e convivendo com as mais importantes figuras da música de raiz e da cantoria, fez seu nome respeitado e elevou o nome de Feira que passou a ser sua referência, embora Jurandy da Feira não seja, apenas um representante de Tucano ou de Feira de Santana , mas um autêntico representante do Nordeste.
Aluno de música de João Neves, com seu Pai cantando em casa as músicas de Gonzagão, Jurandy não poderia ter outro ídolo, e afinal foi seu ídolo que impulsionou sua carreira e quando se referia ao Artista, conforme relata Assis Ângelo, Jornalista/Pesquisador de MPB/ Folclorista em crítica contida no CD lançado pela gravadora Eletrodo: "O próprio Gonzaga me falava dele, enaltecendo suas qualidades de compositor sensível às coisas colhidas na rua, nos mercados, nas bodegas, nas feiras-livres, na boca do povo, enfim. Quem não se lembra de Canto do Povo, Cafundó de Bodocó e Frutos da Terra, gravadas pelo rei do baião? Quem não se lembra agora ouvindo este “Jurandy da Feira”. É tudo de primeiríssima categoria. Acredite se quiser. Ouça-o e depois diga se estou errado."
Jurandy da Feira tem cinco Discos, sendo quatro Cds, que são: Guerreiro, (1985 - LP - Antigo Vinil); Frutos da Terra (1996); Universidade do Forró (1999); Frutos da Terra (2000); e Acústico (2002). Está atualmente gravando seu Cd mais recente e empenhado na produção de seu primeiro DVD, o que deve estar no mercado muito em breve porque nós conhecemos a determinação deste feirense de coração. Paralelamente à sua carreira solo, Jurandy lidera no Rio de Janeiro a banda "Universidade do Forró", ajudando a difundir e popularizar este estilo musical nordestino que já conquistou o Brasil. No mais, só podemos fazer nossas as palavras do Rei do Baião: "...É tudo de primeiríssima categoria. Acredite se quiser. Ouça-o e depois diga se estou errado."
(VIVA FEIRA 2010)