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Val Conceição
    Valmilton Conceição Pereira dos Santos, compositor, cantor e percussionista feirense, que assina artisticamente como Val Conceição, nascido sob o signo de sagitário (21/12/1972), no bairro da Rua Nova, um dos berços culturais da cidade, onde se concentra a maior população afro descendente de Feira, um núcleo fortíssimo de música afro e reggae da região. Por ser filho de músicos, aos cinco anos já desfilava em escolas de samba nos Micaretas feirense. Aos nove anos já fazia parte da bateria da Escola de Samba “Unidos de Padre Ovídio”, tocando repique, o que permaneceu até os 14 anos, quando passou a ser Mestre Sala Mirim nesta mesma escola de samba. Ainda com 14 anos foi apresentado ao Bloco Afro Moçambique, tendo se apaixonado pela musicalidade, assim passou a fazer parte da ala de percussão do bloco, mais tarde passando a fazer parte da ala de canto. Com  dezessete anos fundou o bloco “Afro Senegâmbia”, que esta até hoje em atividade.
    Com dezessete anos por uma provocação do Bloco Moçambique, que ofereceu um tema para que fosse composta a Música Afro base daquele ano (Guerrilheiros da Jamaica), através de um Festival de música afro, Val compôs sua primeira música, se inscreveu e venceu o festival.
    Após vencer o festival, Val se alistou no serviço militar, onde passou 04 anos servindo o exército, por ter opção de fazer uma carreira militar temporária o que o afastou da música temporariamente. Deu baixa, voltou para o movimento de música afro, ajudando seu pai a reativar uma escola de samba que estava inativa, a “Escola de Samba Império Feirense”, que desfilou nas Micaretas de 1997 e 1998, tendo naqueles dois anos vencido os desfiles de Escolas de Samba em Feira de Santana.
    E 1998 Val Conceição foi convidado para fazer parte do “Grupo Cultural Bahia-Brasil”, como percussionista e cantor, para uma turnê de doze meses no Japão, retornando ao Brasil em 1999.
    Voltando para o Brasil e, consequentemente, a Feira de Santana, desenvolveu outras atividades profissionais, mas sem abrir mão de seu ativismo no movimento de música Afro. Em 2001 voltou a fazer uma turnê internacional no mesmo grupo, só voltando ao Brasil um ano depois, em 2002. Neste retorno foi trabalhar na Kaiser, passou onze anos na Pirelli, mas sem nunca deixar o movimento de música afro.
    Em 2014 fundou o Bloco Afro “Império Africano” para desfilar na Micareta de Feira de Santana e passou a fazer parte da Associação das Entidades Culturais de Feira de Santana, da qual é um dos fundadores, neste mesmo período fez parte do Bloco Afro “Filhos de Malê”. Em 2015 com objetivo de ressignificar e requalificar o movimento afro de Feira de Santana, criou o Grupo Cultural “Moviafro”, o qual vem realizando diversos eventos culturais e sociais em Feira de Santana, a exemplo da “Miss Afro”, com grande repercussão na região.
    Atualmente é Assistente Administrativo do ArtMap  Mercado de Arte Popular, e como não podia deixar de ser Ativista Cultural continuando seu trabalho de divulgação e apoio a cultura afro-brasileira.





EMPODERAMENTO

NÃO É SOBRE O TAMANHO DO SEU BLACK POWER
Publicado em: 14/08/2017 - 11:08:33



Atualmente o termo EMPODERAMENTO tem sido muito empregado dentro de alguns grupos de lutas sociais. Ele é utilizado (ou deveria ser) para denominar o processo no qual uma pessoa se conscientiza e "se dá conta do seu poder". Empoderar-se é reconhecer-se enquanto sujeito(a) social, politico(a), autor(a), da sua propria historia e capaz de lutar por direitos que não são só seus,mas tambem de um grupo. Empoderamento é singular e é plural. Singular no sentido de que é um processo individual e pode ocorrer pelas mais diferentes motivações. Plural porque por meio do empoderamento aprendemos que a luta é coletiva, em prol das irmãs e irmãos.Ser empoderado(a) é elogiar um(a) companheiro(a), é defender os seus iguais que estão em situação de opressão,combater e denunciar o racismo - mesmo nas redes -, é inspirar e mostrar que as nossas caracteristicas fisicas não devem ser uma limitação para chegar onde queremos e que podemos sim ocupar qualquer espaço. É dizer pra uma preta que está com a auto estima fragilizada o quanto ela é linda. É enxergar e respeitar a beleza que existe na diversidade das nossas cores de pele,tipos de cabelo e formas do corpo. Inspirar e ensinar a cuidar da nossa estética também é empoderar. Pretos(as), ser empoderado(a) transcende o campo estético,então não vamos utilizar o termo como sinonimo de beleza,estilo ou algo parecido,certo? - Embora pessoas empoderadas sejam sempre bonitas,mas nem sempre vice-versa - ser empoderado(a) é entender que estamos juntos nessa luta e que somente juntos é que podemos ser de fato livres. Não estamos numa briga de ego. Vamos empoderar os nossos iguaios e espalhar coisas boas por ai.
"Eu não serei livre enquanto houver"pretos(as) que não são, mesmo que suas algemas sejam muito diferentes das minhas".


Fonte: Val Conceição (Extraído do texto de Ana Carolina Cerqueira do Preta e Power)







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