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Jose Francisco Brandão
  
 
 
          José Francisco Brandão de Freitas, é feirense, nascido em 02/10/1951, no antigo "ABC" (hoje Avenida Sampaio). Morou maior parte de sua vida em Feira de Santana, entre a Rua Direita (hoje Rua Conselheiro Franco), e a Rua da Aurora (hoje Desembargador Felinto Bastos), até os 20 (vinte) anos, quando foi morar no Rio de Janeiro. Estudou e se formou em Turismo, especializou-se em administração hoteleira, fez vários cursos de línguas, e por fim formou-se em Direito pela Faculdade Estácio de Sá, trabalhou em várias redes hoteleiras nacionais e internacionais, e após aposentar-se voltou para sua cidade natal onde lançou dois livros: "Reminiscências de Feira de Santana" (2013), e "Eme Portugual – O Mito Social Feirense" (2014), cuidando assim da recuperação da memória de Feira de Santana. Atualmente escrevendo as memórias de Cid. Daltro.



SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA

RELEMBRANDO CARNAVAIS


Publicado em: 13/02/2015 - 04:02:51


RELEMBRANDO CARNAVAIS:

    Os Carnavais que brincamos nas décadas passadas, não eram mostrados pela televisão e internet e sim, pelo rádio e revistas que ilustravam as festas dos clubes sociais, ruas e avenidas, cuja maravilha e esplendor das festas, víamos através dos cliques das fotógrafos Gervásio Batista, Jorge Segundo, Indalécio Wanderley e outros, que mostravam nas páginas das revistas, Manchete, O Cruzeiro, Fatos e Fotos e outros.
    Valorizava-se os bailes de todos os clubes do Brasil, principalmente de Recife, Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo, cujos bailes noturnos eram frequentados por adultos.
    Aos 19 anos fui convidado pelo argentino (feirense por adoção), Charles Albert para acompanhá-lo ao Baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, onde ele desfilaria na categoria de Luxo Masculino, na segunda feira de carnaval e, no dia seguinte, ao Clube Monte Líbano, no famoso baile “Noite em Bagdá”.
    Foi um sonho, ver de perto, personalidades presentes nesses famosos bailes, frequentados por artistas de cinema, televisão, modelos e figuras da tradicional sociedade carioca, identificando-os reconhecendo-os “Quem era Quem”.
    A inesquecível visão das frisas, camarotes e salão, com foliões notórios como: Didu e Tereza Souza Campos, Tony e Carmem Mayrink Veiga, Valentino dançando com a modelo Lúcia Curia (depois Sra. Moreira Sales), Florinda Bulcao, Marisa Berénson, Elza Martinelli, Ibrahim Sued e Jorge Guinle acompanhandos Úsula Andrews, Rachel Welch, a modelo Betina (última esposa do príncipe Agha Khan), a famosa Regine, Odile Rubirosa e outras celebridades.
    Depois de décadas, voltando algumas vezes ao Theatro Municipal, para assistir Ana Botafogo dançar, olhando os camarotes e frisas, vem a lembrança que nunca esqueci, das lindas mulheres da sociedade paulista e cariocas, sentadas nas frisas, fantasiadas de baianas, rumbeiras, espanhalas e havaianas confeccionadas pelo Clodovil e outros estilistas da época. No palco, a famosa orquestra do maestro Formiga que executava Cidade Maravilhosa marchinhas e sambas dos carnavais passados, como: Pirata da Perna de Pau; Madureira Chorou; Eu Agora Sou Feliz; e outros e outros.
    Os ingressos eram caros para a época, mais frequentados por gente chiques, lindas, cheirosas e bem financeiramente. Compareci aos quatro últimos bailes, até o último em 1974. Tempos felizes.
ALÁDIO MARQUES

    O feirense Aládio Marques é o estilista de moda do carnaval baiano, vestindo foliões, artistas e a promoter Marta Goés, nesses dias de momo.
    Conheci Aládio, há meses atrás no coquetel desfile da “Yes Bahia”, durante apresentação da coleção Alto Verão 2015, inspirada na cultura Inca, com referências na cultura latina, na boate The House.
    As lindas roupas apresentadas ao som de ritmos latinos, destacou-se na impactuante voz da cantora lírica peruana Yma Sumac. Foi sensacional.
    Aládio Marques lembra o nosso “darling” feirense, Zé Maria Monteiro, que atuou nos figurinos do nosso Teatro.

PERDAS

    A coluna sentiu profundamente a viagem das amigas Ivonilde Prado e Marizete Borges, ocorrida na semana que passou. Descansem em paz.

FEIJOADA DO AMARAL

    Este ano não haverá a tradicional feijoada do Ricardo Amaral, que durante 37 anos, desde 1977, bombou na abertura da folia carioca, sempre nos sábados de carnaval que reunia convidados e personalidades “IN”, vindas para o carnaval carioca.
    No início, a feijoada preparada pela saudosa Tita Burlamaque, era exclusiva para o hight carioca e convidados.
    Com o passar dos anos, a feijoada cresceu transformando-se numa big festa, e exigindo lugares com maior espaço.
    Aos poucos, o considerado “hight”, deu passagem para os emergentes e alpinistas sociais, uma vez que o dinheiro foi ao encontro dos novos ricos.

GALO DA MADRUGADA X BOLA PRETA

    Esses dois blocos considerados os melhores do mundo, saem nas ruas, no sábado de carnaval, arrastando milhares de foliões.
    Em Recife, o Galo da Madrugada, mantém a tradição de tocar frevos.
    No Rio, o cordão da Bola Preta arrasta foliões, vestidos de branco e preto, concentrando-se  desde a noite anterior.
    O amanhecer de sábado de carnaval é uma atração, horas antes da saída do cordão, com seu tradicional hino “Quem não chora, não mama”.
    Hoje em dia, vale a pena ver de longe, devido ao tumulto.

ABADÁ

    O abadá substituiu as antigas mortalhas, usadas no carnaval, quando se brincava (ou pulava), em frente aos trios elétricos (sem cordão de isolamento) cuja atração eram as músicas e os guitarristas, que executavam marchinhas, nos chamados violões elétricos.
    Desde a década de 90, os abadás passaram a ser identificados para ingressar nos blocos carnavalescos, com seus próprios trios elétricos.
    Os foliões passaram a comprar o "Kit", pagando em prestações valores, de acordo com as atrações de cada bloco. Tal lazer, tornou-se atrativo turístico e se tornou um comércio.


Fonte: Jose Francisco Brandão

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