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Carlos Novaes
Carlos Pereira de Novaes é carioca que por força de seu ofício terminou vindo residir e se integrar no Portal do Sertão, Feira de Santana, cidade completamente diversa da sua por vários aspectos, mas que embora não viva alardeando, com certeza desenvolveu um carinho especial pela cidade e seu povo, razão pela qual se tornam alvos de suas críticas (com certeza, sempre construtivas) bem humoradas e suas lições de tolerância para com a humanidade.
O professor, como é conhecido em quase todos os lugares que frequenta, reúne em si duas características distintas que culminam se unindo em uma simbiose, no mínimo, divertida, que são: Um tremendo bom humor com uma dose de ironia bastante elevada e uma visão crítica, macro e micro, do mundo, bastante rigorosa e séria, colocando em cheque sempre os valores mais importantes da nossa sociedade e demonstrando uma capacidade única de aceitar o ser humano como ele é.
Além de seu desempenho como professor universitário, Novaes escreve sobre diversos assuntos, desde as matérias que leciona, nas quaisé autoridade, como também sobre assuntos diversos, os quais são consequência de estudos e de sua experiência como intelectual e como ser humano.
Formado em engenharia civil pela Faculdade de Engenharia Civil de Araraquara em 1979, mestre em engenharia civil pelo departamento de Hidráulica e Saneamento da Escola de Engenharia de São Carlos - USP, no ano de 1985, o professor é autoridade em matemática e faz desafios a cerca de uma série de teses e conceitos que com certeza merecem revisões mais atentas por parte dos estudiosos da matéria.
"Atualmente é professor de hidrologia aplicada, hidráulica se drenagem urbana do Departamento de Tecnologia da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs)".  Novaes também é estudioso de um certo limite matemático famoso que uns dizem que é  de Jacob Bernoulli e outros de Leonard Euler, que pode ser contestado e para isso o Viva Feira indica o livro de autoria do mesmo: Memórias de um Metematiqueiro - Sobre um Certo Limite Bem Estranho (I), pois ele também é o primeiro livro desta série, que mostra que os cálculos de certos limites em matemática, feitos já há muitos séculos, com ábacos e à luz de fifó, podem não estar certos já que acreditar nesses cálculos é acreditar em opiniões e só. Faltam provas.
Este professor, já que não conta com auxilio de ninguém no mundo em que vive, exceto Deus, se põe à disposição de qualquer um, para debater suas opiniões além de mostrá-las de forma clara no livro.
"Uma coisa que ele gostaria de ver", como deixa claro em seus dados biográficos nos livros de sua lavra, "é esse alunado de matemática e seus professores o contestarem com argumentos sólidos sobre estes assuntos que trata" em seus livros "e não só com opiniões dogmáticas sobre os mesmos, onde se nota a tibieza das opiniões destes sectários das opiniões centenárias, muitas vezes, sem as mínimas condições de serem aprovadas hoje em dia, como é a tal igualdade de Euler, eiπ + 1 = 0," que conta, "e com uma simples HP" o que mostra no inicio do livro acima referido.
Pelos textos extraídos no livro de professor Novaes, transcritos acima entre aspas, vê-se com clareza como é instrutiva, agradável e divertida a convivência com ele, que sempre busca uma idéia nova e muitas vezes pitoresca sem perder a seriedade para discutir novos e velhos assuntos.
Acompanhem no Viva Feira as matérias da lavra do professor Carlos Novaes.
 
* Autoria de Viva Feira e citações retiradas do livro Memórias de um Metematiqueiro.

 




M A T E M A T I C A N D O

CRISES HÍDRICAS DO MEU BRASIL


Publicado em: 27/02/2015 - 02:03:38


    O município da cidade de São Paulo tem 1600 Km2 e tem uma população de 20.000.000 de habitantes. Como cada pessoa consume cerca de 250 l/dia, em média, ou 0,25 m3/dia/hab, chegaríamos à conclusão que o consumo médio anual CMA desta cidade seria:
                       CMA= 20.000.000 hab. 0,25 m3/dia/hab. 365 d = 1.825.000.000 m3 

    Por outro lado, no município de São Paulo, precipita, em média, cerca de 1300 mm de chuva numa área de 1600 km2. Portanto, chegaríamos à conclusão que, no município, precipita em média um volume precipitável anual médio VP de:
 
                        VP = 1300 mm. 1600 km2 = 1,3 m. 1600.106 m2 =2.080.000.000 m3

    Ou seja, neste município, em média, temos mais água precipitada que o seu consumo, água que cai do céu, de graça, limpa, que precisa de, no máximo, de uma cloração, de uma filtração e a edição de alguns produtos, como sais minerais e a sua re-aeração, pois a água da chuva tem lá as suas peculiaridades, mas é água e boa.
    Eu pergunto: tem crise hídrica em São Paulo ou é outro tipo de crise? Crise de cultura, de hábitos, administrativa, sei lá. Ponham o nome que quiserem, mas hídrica?
    Por que no Brasil a água que cai, de graça, nas cidades são tão desprezadas? Bem, as pessoas podem dizer que não bebem desta água. Tudo bem, mas ela serve para um uma gama enorme de usos. Quem pode, bebe água mineral. Ele pode.
    As pessoas que vêem a água da chuva das enxurradas das ruas pensam que a água da chuva é suja. Não. Não é. Nas ruas, se tornam sujas por que se misturam com os sedimentos e ficam lamacentas, sujas, mas quando caem, são límpidas.
    Nos reservatórios ou cisternas, geralmente enterradas, elas se tornam também límpidas devido à decantação, que é um processo natural, de graça, de forma que o seu aproveitamento, mesmo com a sujeira dos telhados e outras áreas, que não deve ter árvores nas cercanias, por que senão as folhas sujam e colorem a água da chuva, se tiver uma pequena peneira para a pré-limpeza e outros pequenos detalhes, como a filtração lenta, a água fica muito boa para consumo.
    Eu tenho amigos que captam a água da chuva em suas chácaras em Feira de Santana e cercanias e mesmo sem tratamento, eu disse, nenhum, tem uma água que parece até mineral, limpa, muito gostosa, para seus usos. Muito boa.     
    Mas, no entanto, eu não vejo as nossas autoridades falarem nada sobre isto, ninguém falar neste assunto e ao invés disto, ficarem falando em água de reuso, cujo processo de potabilização é mais complexo. Está certo se estudar estes processos, mas desprezar uma água da chuva que cai de graça é falta de bom senso.
    Segundo, a água da chuva, as dos temporais, quando captadas, diminuiriam as enchentes, tão freqüentes em São Paulo, ou seja, seriam uma forma alternativa de se combater a crise hídrica e as enchentes, concomitantemente.
    Terceiro, a água tende a se tornar cara e este processo diminui as despesas.
    Ela é uma panacéia para todos os males? Não, mas pode ser para o seu.
    Um outro detalhe é que estes sistemas precisam ser bem dimensionados e o quem quiser obtê-los, deve procurar um profissional e não sair por ai comprando os reservatórios e outros equipamentos de qualquer maneira.  
    Eu tenho a impressão que futuramente irão aparecer gente mais especializada neste tipo de captação, barata e de fácil manejo.


Fonte: Carlos Pereira Novaes







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