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Washington Falcão
Diplomado em Artes Plásticas pela universidade Federal da Bahia, em 1980, Washington Falcão fez desde cedo a sua opção pelo Design Gráfico, área em que vem construindo sólida trajetória profissional. Sua atuação abarca um universo bastante diversificado e envolve desde a sinalização de espaços arquitetônicos até a produção de livros, cartazes, catálogos e capas de discos, identidade visual. Criou logotipos como a do Colégio Nobre, Colégio Hélios, Plascalp, Grupo Meddi, IDI, IDM Esquina de Embalagens etc. A lista de suas obras em todos esses campos já é vasta e contabiliza trabalhos associados a nomes do porte de Juarez Paraíso, Capinan, Elomar, Carlos Pita, Antonio Brasileiro, Calasans Neto, Fabio Paes, Gereba, Ana Maria Pedreira Franco, Maria Sampaio, Luiz Humberto Carvalho, Timbaúba, Aristides Alves, Beto Pitombo e Mirian Fraga entre outros.
 
Desempenhando também o papel de animador cultural, ele promoveu lançamento de livros, shows e exposições. Em 2001, por exemplo, em parceria com Roland Schaffner, criou a mostra intitulada Digital Arte Bahia. Mais recentemente, reuniu Xangai e Waldik Soriano em histórica turnê que passou por Salvador Feira de Santana, Caetité e Vitoria da Conquista.
 
Paralelamente a tantas atividades, Falcão vem edificando, sem grandes alardes, a sua carreira de artista plástico. A partir de 1975, seu nome começou a aparecer com regularidade em eventos artísticos variados. Em finais dos anos 80, foi uma das figuras centrais no Projeto Nordeste de Artes Plásticas, movimento que reuniu 12 artistas baianos em mostras e encontros de arte realizados em todas as capitais do Nordeste. Além das obras que apresentou neste percurso, Falcão deixou a sua marca nos expressivos murais criados mais tarde pelo grupo, como o da Escola de Belas Artes da UFBA (1993?) e o do prédio que abriga a Administração Superior da Universidade Estadual de Feira de Santana (2002).
 
A obra plástica de Washington Falcão reflete explicitamente a sua preferência pelas expressões gráficas. Trata-se de uma produção pouco numerosa, desenvolvida com critério e paciência, que chama atenção pelo requinte formal. Mas não apenas isso, suas criações caracterizam-se também como estruturas poéticas. São construções de natureza emblemática, feitas de silencio, reflexão e metáforas. Ou seja, o artista parte do elogio da forma, em que reafirma o trânsito pelo território do seu cotidiano profissional, mas procura imantar as imagens elaboradas com sugestivos significados.
 
Os trabalhos de Washington Falcão, na maioria das vezes, exploram formas planas e fundamentam-se numa visualidade que se situa entre a figura e a abstração. Em alguns casos os conteúdos apresentados remetem ao imaginário nordestino. Noutros, incidem sobre elementos da geometria estabelecendo associações simbólicas, entretanto, o artista recorre a um cromatismo exuberante, criando composições que primam pelo equilíbrio, elegância e primor formal.
(Juraci Dórea)





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