O cantor e compositor Casapronta inicia temporada do Show "Música de Preto", divulgando seu mais recente disco SETE. O primeiro show acontece dia 25 de julho, quinta, no Teatro Margarida Ribeiro e contará com a participação de Rodrigo Barba, baterista do Los Hermanos. Todas as apresentações contam com um momento de troca e bate-papo e com entrada gratuita.
No dia 02 de agosto (sexta), o artista sobe ao palco do Teatro do CUCA. O convidado da noite será Dionorina. “Vamos ouvir sua voz poderosa e também saber de Dionorina, como é viver e sobreviver em um sistema violento, sendo um artista preto, saído das entranhas de Feira de Santana”, destaca Casapronta.
Encerrando a temporada de shows, dia 09/08, Casapronta convida a cantora Kareen Mendes para se apresentar no Museu de Arte Contemporânea de Feira de Santana. Destaque há muito no cenário feirense, demonstrando sua versatilidade musical, Kareen vai cantar e falar sobre os desafios enfrentados sendo mulher, mãe e artista, tudo ao mesmo tempo.
“Faremos também uma singela homenagem ao saudoso reggaeman, e nossa referência, Jorge de Angélica”, conclui Casapronta.
Esses três shows foram aprovados através do Chamamento Público do Edital Nº 002/2023, "DEMAIS ARTES - PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº1027/23, na cidade de Feira de Santana, com o patrocínio do Governo Federal, através da Lei Paulo Gustavo.
SERVIÇO
Show Casapronta
25 de julho, 19h30 - Teatro Margarida Ribeiro.
Convidado: Rodrigo Barba
02 de agosto, 19h30 - Teatro do Cuca
Convidado: Dionorina
09 de agosto, 19h30 - Museu de Arte Contemporânea de Feira de Santana
Convidada: KAreen Mendes
Todos os shows são gratuitos
Sobre o disco SETE
Em uma mistura de rock, blues e influências da musicalidade afro-religiosa, o cantor e compositor Casapronta lança seu primeiro álbum da carreira solo “SETE”. O artista, que tem 26 anos de carreira, desponta na cena independente com seu estilo musical autointitulado “rock macumba”. O álbum “SETE”, número emblemático para o músico, simboliza um grito de protesto contra a demonização da cultura e religiosidade afro-brasileira, ao mesmo tempo que expressa liberdade e celebração às raízes ancestrais. O álbum já está disponível e pode ser ouvido aqui.
No disco SETE, Casapronta transmite suas experiências e observações acerca do universo do candomblé e umbanda, diluídas em poesia, acordes e atabaques. As músicas incluem vinhetas extraídas de áudios das festas de terreiro, dos Exus, de Zé Pilintra e Capa Preta. A irreverência, tão comum no rock’n’roll, também se faz presente no álbum com o som marcante das guitarras, além dos arranjos simples, diretos e crus.
O álbum tem um conceito construído a partir de uma narrativa, organizada através da sequência das músicas, que se inicia com os Exus, um feminino (1.Dona Maria) e outro masculino (2.Capa Preta), seguidos de ritos e costumes (3.Mandinga e 4.Oferenda). A trilha segue com a reverência a uma deusa africana da cultura Bantu / Angola (5.Matamba) e destaca o Deus cristão sob um ponto de vista regional (6.Deus é o Cão). A última faixa apresenta uma reza, rodeada de ancestralidade, em forma de samba, que abraça todo o trabalho (7.Reza).
“Falar de deuses e deusas na perspectiva de uma afrobrasilidade é revolucionário. É enfrentamento, é bater de frente com o conservadorismo que nos espreita em cada esquina. Com o disco SETE abro as portas de meu terreiro musical e convido o público para mexer o caldeirão cultural, com o dendê fervendo, para queimar a língua dos racistas e nos deixar passar com o nosso Axé”, destaca o artista.
Cria do Recôncavo baiano, Casapronta é natural de Feira de Santana, foi criado em Cruz das Almas e morou também em Cachoeira, regiões que influenciaram sua trajetória artística a partir da musicalidade e cultura pulsantes. “Os tambores africanos são base rítmica da música no mundo. No Brasil, os atabaques do candomblé ajudaram a moldar muito de nossa musicalidade. Partindo desse entendimento, tenho buscado cada vez mais incorporar a sonoridade dos atabaques às minhas composições, mesmo em se tratando de rock e blues, que também são músicas afro-diaspóricas”, conclui Casapronta.