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EXPOSIÇÃO "A ARTE DE VIVALDO LIMA" NA GALERIA DE ARTE CARLO BARBOSA - 01/09


Publicado em: 24/08/2023 - 17:08:43
Fonte: Release da Ascom de Vivaldo Lima


    A Universidade Estadual de Feira de Santana, através do Centro Universitário de Cultura e Arte e da Galeria de Arte Carlo Barbosa, convida a todos para a exposição "A arte de Vivaldo Lima", no dia 01 de setembro, as 19H00, na Galeria de Arte Carlo Barbosa.

Sobre seu trabalho

    O Surrealismo esgostou-se como linguagem na minha pintura. Era preciso voltar à empolgação que sentia ao pintar. Busquei durante anos um motivo, uma forma de gerar imagens, que iriam, novamente, criar um frisson ao colocar a tela no cavalete e, nessa busca cheguei ao Fovismo de Henri Matisse.
    Como um processo alquímico, fui descobrindo que o vermelho, o verde, o azul, o lilás, ora são cores claras, ora escuras, a depender do jogo de luz e sombra que o tema exija.
    A paleta de cores, nesse caso, resulta em um desafio constante, especialmente ao retratar as pessoas de tezes diferentes, torna-se um ritual de silêncio e introspecção, para obter a cor exata e aplicá-la no lugar certo, da forma correta.
    Neo fovismo, portanto, é como nominei esta minha nova forma de pintar.

ECCE HOMO
Vivaldo Lima

O artista é um ser atemporal que,
mimetizado em indivíduo comum,
registra o espírito de sua época
enquanto projeta o futuro, o que
paradoxalmente, não será percebido
por aqueles da sua geração; essa
assimilação só se dará,
inexoravelmente, no futuro.

E por ser virtuoso e ser múltiplo
dissemina seu pensar através dos
tempos, ora em perfumadas
metrópoles, ora em ambientes
ermos e fétidos.

Suas ideias são como sementes
espalhadas na natureza.
São como organismos remexendo a
terra em florestas de monoculturas,
a fertilizar terrenos áridos e hostís,
tornando-os fecundos.
Este é o ser especial que capta e
transmite, através dos tempos, os
efeitos de uma época sobre o homem
e a contrapartida deste indivíduo
sobre esse período, o que transforma
o seu viver um registro e um
consequente legado.

Ele é o seu papel, esta é a sua sina.
Ele é, ao mesmo tempo, réu e algoz, o
veneno e o antídoto, medium e arauto
da época que vive. Assim o faz, não
por ser artista, mas por ser humano.



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