O grupo Africania segue com novidades movidas pelo novo disco “O Curador do Museu do Imaginário” que será lançado neste semestre. Após ter participado do Espiral - Festival Arte de Cultural, no Piemonte da Chapada Diamantina, em Itaitu, distrito de Jacobina, em média, 350 KM de Salvador, a banda inicia a gravação do clipe de uma das principais canções do referido disco no Dia de Santo Reis, comemorado no dia 06 de janeiro.
De acordo com o vocalista e percussionista do grupo, Bel da Bonita, cenários das cidades de Gavião e Quixabeira foram escolhidos para fazer parte da produção audiovisual. “Há muito tempo queríamos fazer este trabalho nesta região que traz muitos significados para o nosso novo trabalho. Eu sou de Gavião e Daniel nasceu em Quixabeira”, destacou Bel.
Daniel Penha é um dos componentes da nova formação do grupo. Segundo ele, o novo disco tem um sentimento de retribuição e reverência às tradições do samba da região, depois de ter vivenciado grandes experiências musicais, inclusive fora do pais, como México e Estados Unidos. “Estou feliz com o convite do meu amigo Bel da Bonita para fazer parte desse trabalho que acredito que seja um dos mais importantes para a preservação da nossa memória musical”, expressou Penha.
A produção audiovisual conta com o roteiro de Daniel Dourado, cineasta com mais de 20 anos de experiência, com diversos trabalhos realizados com povos indígenas como a obra “Uma mulher e uma aldeia” que aborda as lutas indígenas de povos brasileiros a partir da história de uma mulher em busca de sua identidade. Jaime Sampaio, que acompanha o grupo desde 2013, assina a direção de fotografia, Claudio Camperlingo assume a gerência de produção e Ludmila Dourado a direção executiva. O grupo não informou a data de lançamento do clipe e segue para o Festival Ressonar que ocorrerá entre os dias 09 e 13 deste mês, em Piatã, na Chapada Diamantina.
SOBRE O NOVO DISCO
“O Curador do Museu do Imaginário” é o mais novo disco da Africania idealizado por Bel da Bonita e Daniel Penha, com o intuito de ampliar o olhar sobre riqueza estética do samba rural e poesia da Bacia do Jacuípe. Já que ambos nasceram e se “criaram” nessa região, puderam assim, vivenciar de muito perto a vida e as tradições do Samba e do Sambador(a) jacuipense. O Álbum traz uma estética de música mestiça, em que o samba de batuque, Samba Chula, Toada dialogam com as diversas escolas da música mundial, como: Acid Rock, Jazz, Psy-trance, Música Progressiva e Psicodélica. As canções do O Curador do Museu do Imaginário abordam temas que vão da temática folclórica até preservação do Rio Jacuípe, bem como a situação política da Bahia e Brasil. Esse trabalho procura de uma forma direta refletir, reverenciar e dar continuidade ao legado do samba rural jacuipense. |