O público lotou o auditório do Centro de Artes e Esportes Unificados- CEU/Cidade Nova, nesta sexta-feira, 09, para assistir o espetáculo “A Peleja de Chico Tampa e Maria Tampada”, no encerramento das oficinas de teatro do Programa Arte de Viver, do centro. A peça que é uma adaptação de um cordel, dos mais jovens aos mais veteranos a peça arrancou gargalhada, do público presente.
A coordenadora da praça, Fátima Suely, comemorou o encerramento do primeiro semestre do Programa. “Foram 20 alunos matriculados no inicio do semestre, porém formamos hoje 14 pessoas, que verdadeiramente se identificaram com a oficina, perseveraram e mostraram como é importante o teatro na vida das pessoas. Esse encerramento foi um momento breve, mas muito satisfatório.”
Roberval Barreto, professor da oficina de teatro, recebeu uma linda homenagem dos alunos, que agradeceram o trabalho realizado. “eu trabalho com teatro há mais de 30 anos. Uso uma metodologia própria de incentivo, de apoio, eu não sou ríspido com eles, eu sempre digo que eles podem, que se errar não tem problema, é só tentar de novo, por isso todo esse carinho. Eu busco me aproximar das famílias, eu busco a amizade das pessoas, eu não tenho distanciamento com eles, eu quero ser como um pai pra eles”, contou o professor.
SUPERAÇÃO
Perseverança e superação, Sandra Silva, que é cadeirante levou para o palco o exemplo de quem não encontra desculpas para se aperfeiçoar e acima de tudo de determinação para vencer as suas limitações. “A gente precisa tentar, buscar e saber se somos capazes ou não. Eu sou trapezista, muitas pessoas se surpreendem quando eu falo isso, fiz aula de circo. Mas antes de chegar aqui na oficina eu era muito tímida, hoje eu já consigo interagir melhor com o público. Acho que a gente nunca pode dizer que não consegue alguma coisa, sem antes se desafiar e tentar fazer”, refletiu a aluna.
Outro exemplo é Larissa Santos de 12 anos, que é uma das alunas do centro, ela é moradora do distrito de Tiquaruçu e vinha toda semana participar das aulas. “Pra mim vale a pena vim de tão longe. è muito bom está aqui, interagir com as pessoas, eu sonho em um dia ser atriz e trabalhar em novelas. Além disso, eu gosto muito dos meus colegas e do meu professor”, afirmou Larissa.
A mãe da adolescente, Silvana Santos, disse ser grata pelo trabalho realizado no CEU “eu fico muito orgulhosa em ver minhas filhas realizando o sonho de subir no palco e se apresentar para o público. A gente roda 20 km pra que elas participem das aulas. Tenho duas filhas aqui tomando aula. Estou tão satisfeita, com o resultado de tanto esforço, que já matriculei elas para o próximo semestre.”
E uma das estrelas que brilhou na noite de encerramento, foi Deuzuita de Andrade, que mostrou que idade não é problema, aos 85 anos, subiu ao palco e encantou o público. Para ela a juventude está no espírito. “Eu me sinto jovem, principalmente no meio desses meninos. Eu sempre digo para as pessoas da minha idade ‘gente vamos voltar, vamos treinar, a gente não pode ficar parada não, se não a nossa mente não funciona muito bem’”, afirmou.
O programa Arte de Viver é um projeto da Fundação Cultural Egberto Costa. Quem deseja participar dessa ou de outras oficinas, as inscrições para novos alunos já estão abertas e estão sendo realizadas pela internet na página da prefeitura municipal, até o próximo dia 16.
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