Os onze personagens da mais que irreverente A BOFETADA, maior sucesso da Cia Baiana de Patifaria e um dos maiores fenômenos do teatro brasileiro, que esse ano completa 28 anos, estão em Turnê invadindo teatros na Bahia e em Aracaju, entre agosto e dezembro. Já passaram por Camaçari, Santo Amaro, Cachoeira, Valença e até o final do ano a trupe ainda tem muita estrada. No roteiro não poderia faltar Feira de Santana, uma das poucas cidades que já recebeu quase todas as 8 montagens do repertório da trupe (Abafabanca, A Bofetada, Noviças Rebeldes, 3 em 1, A Vaca Lelé, Capitães da Areia, Siricotico e Fora da Ordem). O retorno a Feira acontecerá entre 23 e 25 de setembro, às 20h, no Teatro Margarida Ribeiro, que a trupe reinaugurou depois da reforma, em 2015. Preço de Ingresso: R$ 50,00 (inteira) e R$ 25,00 (meia). A classificação etária é de 14 anos. INGRESSOS À VENDA NO BALCÃO DE INGRESSOS CENTRAL MIX BOULEVARD, na ACADEMIA DE IDIOMAS e na BILHETERIA DO TEATRO. Informações (75) 3625-9533/3626-2299/3223-3061. Na agenda da Cia Baiana ainda tem:
A BOFETADA – uma grande homenagem ao universo do teatro
Era novembro de 1988 quando A BOFETADA estreou, na pequena Sala do Coro do Teatro Castro Alves, alterando a frequência do público que passou a lotar os teatros para ver artistas locais em cena. De lá pra cá, o espetáculo já percorreu mais de 50 cidades de norte a sul do país e já foi vista por quase 2 milhões de espectadores.
Como nenhum espetáculo ou temporada são iguais, a trupe já está preparando as novidades para a nova temporada em Feira. No total, 17 atores já interpretaram os personagens criados por Mauro Rasi, Miguel Magno e Ricardo de Almeida, três autores paulistas do chamado ‘teatro besteirol’. Na atual formação de elenco, Fanta Maria, Pandora, Eleonora, Vânia, Dirce, Camilinha, Helena, Araci, Paloma, Marivaldo e a Rainha, os personagens tão queridos do público, são interpretados por Diogo Lopes Filho, Mario Bezerra, Marcos Barretto e Lelo Filho, que também assina a direção, juntamente com o diretor assistente Odilon Henriques. A concepção original é de Fernando Guerreiro.
No primeiro esquete, “O Calcanhar de Aquiles”, (extraído de Pedra, a tragédia), de Mauro Rasi, a atriz decadente Eleonora (interpretada pelo ator Mário Bezerra) obriga a crítica de teatro Vânia Leão (vivida por Marcos Barretto) e a namorada Dirce (interpretada pela segunda vez por Diogo Lopes Filho) a assistir sua montagem apoteótica – um balé musical trágico – na qual interpretará, sozinha, 60 personagens de uma tragédia grega.
Os dois esquetes seguintes (extraídos de Quem tem medo de Itália Fausta), são assinados por Miguel Magno e Ricardo de Almeida. Em “O Ponto e a Atriz”, vários gêneros teatrais são ironizados ao resgatar a função do Ponto, figura que lembrava o texto para as divas das grandes companhias de teatro durante as apresentações. Nesse esquete, O Ponto, Marivado (interpretado por Mário Bezerra), se vê em apuros ao contracenar com Maria I, ‘a rainha boba’ (vivida por Lelo Filho), a sensual Helena (interpretada por Marcos Barretto), a espevitada anãzinha Camila (vivida por Diogo Lopes Filho) e a desbocada Aracy (também interpretada por Marcos Barretto).
No último esquete, “Fanta e Pandora”, o ensino do teatro é o foco central e o público é transformado em mais uma personagem com quem duas professoras universitárias, Fanta Maria (interpretada por Lelo Filho desde 1988) e Pandora Luzia (vivida por Diogo Lopes Filho) passam a interagir numa improvável aula sobre a influência de dois fonemas no teatro javanês, durante os últimos 15 dias do século XII a.c.
Desde 1988, muitos bordões que foram criados por tantos atores que já passaram pelo espetáculo, vêm virando assunto em mesas de bar, nos ambientes de trabalho e nas casas de quem assiste e acaba repetindo: ‘é a minha cara’, ‘eu tou tão tão que nem nem’, ‘rebobine’, ‘cadê meus botões?’, dentre outros. A BOFETADA é centrada basicamente no tempo de comédia do ator e o que mais impacta o espectador é a maneira como a peça vai sendo renovada pelo elenco através de referências a fatos do cotidiano, mantendo as características marcantes no trabalho da Cia Baiana de Patifaria: improvisações a partir de acontecimentos do noticiário, participação da plateia e críticas a comportamentos da sociedade contemporânea, estabelecendo uma forte comunicação com o público. A BOFETADA atravessou vários acontecimentos históricos do país e a cada nova montagem atrai novas gerações de espectadores, além de ser assistida por antigos fãs.
COMPANHIA BAIANA DE PATIFARIA – um breve histórico
Prestes a completar 30 anos nos palcos, a Teatro de Comédia Produções Artísticas, nacionalmente conhecida como Cia Baiana de Patifaria, vem desenvolvendo um teatro de repertório que soma 8 espetáculos.
Quando a trupe partiu para sua primeira turnê nacional em 1991, entre o Rio de Janeiro e São Paulo, uma boa definição de seu trabalho foi feita por um jornalista do Jornal O Estado de São Paulo: “Patifaria, na Bahia, não quer dizer desaforo ou pouca vergonha. Significa também, brincadeira exagerada, que passa da conta”. Brincadeira cênica aliada a muito trabalho nos bastidores e uma profunda pesquisa sobre diferentes estilos de comédias. As temporadas da Cia Baiana já aconteceram em alguns dos mais importantes teatros do país: quase todas as casas de espetáculos de Salvador, em São Paulo nos Teatros Bixiga, Mambembe, Cultura Artística, Bibi Ferreira e Imprensa, no Rio de Janeiro no Teatro Ipanema, Teatro Leblon, Teatro dos Quatro, Teatro João Caetano, Teatro das Artes, Teatro Carlos Gomes, em Brasília na Sala Vila Lobos do Teatro Nacional, em Porto Alegre no Teatro São Pedro, em Curitiba no Teatro Guaíra, dentre outros. Em 1997, a comédia musical “Noviças Rebeldes”, dirigida por Wolf Maya, foi apresentada por 2 semanas no St Clement Theatre, em Nova York.
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