Originariamente nasceu da manifestação espontânea de notívagos e boêmios para anunciar a festa da padroeira, e volta a cada ano com a mesma força que lhe deu origem
Muito se fala do Bando Anunciador, mas a verdade, com certeza, nunca será apurada de fato. Por todos os relatos que se tem notícias, a unanimidade afirma que o Bando nasceu de forma espontânea, e a ninguém especialmente é atribuído sua criação. A tudo que se faz ou que se sonha é comum aparecer um pai da ideia. O Bando Anunciador, por sua vez, teve muitos pais, os malandros, os poetas da noite, os seresteiros e os boêmios da Feira antiga que estendiam as farras nos bordéis da cidade, para ao raiar do dia seguinte saírem anunciando a festa da padroeira, em uma comuna de maioria esmagadora de católicos, e também em uma época que se aceitava passivamente o afago do profano ao sagrado. Napoleão que além de ditador, autoritário e conquistador tinha seu lado filosófico deixou para posteridade, como de sua autoria, a sentença que afirma: "A História é um conjunto de mentiras sobre as quais se chegou a um acordo.", e no caso do Bando Anunciador, o acordo a que devemos chegar é, que fique registrado que a iniciativa de sua criação é do povo feirense, como estamos constatando em seu retorno as nossas ruas na sua recente edição.
Não vamos negar nunca o mérito da gestão da Uefs representada por José Carlos e sua Equipe, ou da Diretora do Cuca representado por Selma e seus fieis escudeiros, que levantaram a bandeira do Bando e possibilitaram que os feirenses de coração acordassem e pudessem realizar uma festa bonita como a que testemunhamos no dia 10 deste mês de julho.
Mais de 10.000 (dez mil) feirenses ocuparam a Rua Direita, o Beco do França, a Av. Sr. dos Passos a Praça João Pedreira, a Rua Marechal Deodoro, o Beco da Energia e a Praça da Matriz. Temos documentado o Bando Anunciador desde seu retorno em 2007 até este ano, e nunca constatamos um número, sequer parecido, como o dos participantes que compareceram este ano. Foi de encher os olhos e de emocionar os feirenses mais saudosistas. Sem apoio do Município e contando com a má vontade da Polícia Militar, que fez questão de liberar o transito na rua pouco depois do meio dia, apesar do grande número de feirenses que ainda ocupavam alegremente a Praça da Matriz até a Conselheiro Franco na altura da agência do Bradesco (antigo Baneb), a manifestação foi um grande sucesso. Praticamente todos os bairros de Feira se fizeram representar, além de empresas e associações que também se prepararam para o Bando, em sua maioria a caráter, com camisetas e fantasias previamente combinadas. Os fantasiados e mascarados também se destacaram pelos espíritos criativos, muita graça e muita alegria para profanamente homenagearem a padroeira e a própria cidade.
Podemos afirmar que Feira de Santana tem a sua festa. A festa de seu povo. Feita de coração, sem tutelas e padrinhos. O Bando Anunciador é a festa de Feira de Santana, do povo feirense. O Viva Feira lamentando não ter tido este ano o apoio do retratista Beto Souza (por motivos de saúde), que normalmente registra com fidelidade todo o evento, contou com a força e o début de Maiara Angels, que produziu três álbuns para documentar o maior de todos os bandos até hoje. Temos também já postados em nossa primeira página (e em nosso canal no yuotube) três vídeos (também de autoria do Viva Feira) que dá uma boa idéia da festa feirense para a padroeira da cidade. Confiram as fotos nos álbuns postados a seguir:
Napoleão que além de ditador, autoritário e conquistador tinha seu lado filosófico deixou para posteridade, como de sua autoria, a sentença que afirma: "A História é um conjunto de mentiras sobre as quais se chegou a um acordo.", e no caso do Bando Anunciador, o acordo a que devemos chegar é, que fique registrado que a iniciativa de sua criação é do povo feirense, como estamos constatando em seu retorno as nossas ruas na sua recente edição.
Praticamente todos os bairros de Feira se fizeram representar, além de empresas e associações que também se prepararam para o Bando, em sua maioria a caráter, com camisetas e fantasias previamente combinadas. Os fantasiados e mascarados também se destacaram pelos espíritos criativos, muita graça e muita alegria para profanamente homenagearem a padroeira e a própria cidade.
