Em clima de comemoração dos 40 anos da UEFS, uma festa que deve ser de todos os feirenses, uma vez, que sem a menor sombra de dúvida a criação e a instalação da UEFS deu a Feira de Santana perspectivas que não existiam antes, Abriu a cidade para um futuro que proporcionou desenvolvimento e uma melhora significativa no âmbito da educação na cidade. Hoje Feira conta com algumas Universidades e em torno de dez Faculdades oferecendo à possibilidade de diversas carreiras a juventude de Feira e região. Foi sem dúvida um salto seguro para o futuro, que é hoje nosso presente.
Nessa trajetória vitoriosa, surge o CUCA que administra o Museu Regional de Feira de Santana e a Galeria de Arte Carlo Barbosa com um olhar para as artes que contribui de forma significativa para o crescimento cultural da cidade, que a rigor sempre teve forte vocação para área de criação, afinal uma cidade que teve como uma das bases de crescimento o artesanato não poderia ser diferente.
No último dia 30 o Museu Regional inaugurou a exposição de obras do Artista Alemão Hansen Bahia, a quem Jorge Amado atribuiu e conferiu o título de baiano pelo amor que demonstrava ter por nossa terra, tanto que chegou a fazer um testamento com objetivo de que seu patrimônio e seu acervo permanecessem aqui. Impressionante a baianidade revelada por Hansen, que viveu por muitos anos em Cachoeira, local que escolheu como seu, onde existe, inclusive, uma fundação com seu nome que preserva a sua obra e disponibiliza aos visitantes interessados no trabalho do artista e na prórpia história da arte na Bahia.
A exposição de responsabilidade e curadoria de Jomar Lima e design de Vinicius Castro, é pensada com extremo bom gosto e distribuída de modo a valorizar ainda mais o trabalho de Hansen, que por si só já dispensaria maiores cuidados. Merece ser visitada com calma para saborear o legado maravilhoso deixado por este talentoso e inspirado artista.
Com o mesmo zelo e bom gosto da elaboração da exposição, Jomar Lima inaugurou, concomitantemente, uma exposição de fotografias de sua autoria, a qual denominou de "Afro Barroco" que encanta pela qualidade das fotos escolhidas para o evento e pelo tema, o encontro das religiões de matrizes africanas e romana, ou seja, o sincretismo tão comum em nosso dia a dia, onde a mãe de santo participa das festas e manifestações religiosas da Igreja Católica com demonstrações inequívocas de fé.
A escolha das fotos selecionadas para compor a exposição é harmônica e a qualidade inquestionável, algumas perspectivas e ângulos das fotografias demonstram o talento do artista, que realmente esteve envolvido no espírito do trabalho que realizou. Esta exposição como a outra devem ser visitadas e saboreadas com calma e observando cada detalhe, pois produzidas com inspiração e muito talento.
As exposições ficarão abertas ao público em geral, com entrada gratuita, no horário das 08h00 às 12h00 e das 14h00 as 17h00, de segunda a sexta-feira, durante todo mês de junho.
O Viva Feira compareceu as vernissages das exposições e registrou em fotos alguns momentos e alguns trabalhos para estimular a visitação, uma vez que entendemos que nenhuma foto substitui a satisfação da observação do original dos trabalhos. Confiram as fotos no álbum postado abaixo: