No último domingo, 27 de março, o Museu de Arte Contemporânea foi palco da combinação de ritmos que sempre apresenta. E superou expectativa de público, em plena Semana Santa. Das 17 às 23h o espaço mostrou-se repleto.
A leveza de Tito Pereira iniciou os shows. O cantor, que nasceu em uma família de artistas, trouxe o talento de berço. Com 14 anos, começou a ter contato com instrumentos musicais e com artistas de renome. “Tive a benção de conhecer pessoas e lugares inusitados. Xangai e Waldick Soriano reforçaram a música que trago no meu coração. Através deles, pude ter a coragem de buscar a expressão interior”, explicou ele. O cantor, além de ter experiências na Itália, em parceria com Dionorina, está à frente de outros projetos e pretende lançar CD ainda esse ano.
Bruno Bezerra causou certo espanto. Trouxe um som arrojado. Um dos momentos de maior surpresa foi quando ele executou a música “Passarinho”. Aliou o heavy metal com o sertanejo. O artista, que traz como base de sua música elementos do xaxado, samba de roda e baião, começou sua carreira atravessando o rock and roll. “O forró é uma expressão cultural folclórica. Eu retrato um sertão psicodélico. O álbum SER é um disco que gira em torno do despertar da consciência, procurando o seu eu”, ressaltou Bruno, que colocou o Música no Museu como fato marcante de sua vida.
O pop reggae de A cor fez todos tirarem os pés do chão. Arthur Duarte, vocalista, que integrava uma banda católica, encontrou no reggae a melhor forma de expressar as composições. “Foi difícil convencer a turma. Eu dei o primeiro passo. Depois meu pai virou para mim e disse que gostou. Foi muito importante.” Arthur disse que prefere seguir a linha romântica, apesar de admirar a linha de protesto com discursos. Destacou a participação no Música no Museu como fantástica e mostrou brilho nos olhos ao relembrar a participação da banda no Reggae Festival em Aracaju.
Este projeto tem o apoio financeiro do Governo do Estado, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura da Bahia.
Em parceria com a Cúpula do Som, Museu de Arte Contemporânea (MAC), Fundação Municipal Egberto Costa e Secretaria de Cultura de Feira de Santana.