Este 2016 começou bastante diferente do que chamamos normal, mas muito melhor. Nos anos anteriores os museus da cidade geralmente começavam a funcionar a partir de março, este ano tivemos vernissage em 29 de janeiro com um público surpreendente, o que mostra um importante crescimento cultural na cidade. O efeito do período de veraneio, em Feira, sempre foi muito danoso, pois a cidade ficava praticamente parada em suas atividades culturais, o que, felizmente, pouco a pouco vem mudando.
A Mostra Coletiva "VÁRIAS VOZES VISUAIS" conta com a participação de: Jorge Galeano, Gabriel Ferreira, Marcelo Mendonça, Raimundo Carvalho, Pedro Juarez, Jaquisson Batista e Julio Firmo. Os trabalhos apresentados mostram uma diversidade enriquecedora. A mudança de estilos e técnicas é altamente benéfico à mostra, oferecendo ao visitante um dinamismo extremamente agradável e surpreendente.
No vernissage a curadoria da mostra acrescentou alguns elementos muito interessantes, a exemplo da participação de Jorge Macário com sua música, a declamação e leitura de poemas pela consagrada poeta Clarissa Macedo, e o lançamento de livros de Johny Guimarães, tornando a inauguração da mostra ainda mais agradável.
Sobre os artistas participantes da Mostra o material de divulgação do evento informou:
Jorge Galeano, argentino radicado em Feira de Santana, como artista plástico sua obra borbulha cores próprias e uma peculiar mistura do sertão com a cultura andina, a sua relação com o solo e a natureza.
Gabriel Ferreira, natural de Tanquinho-BA, é artista visual, músico percussionista, arte-educador e compositor. Começou a expor em 1994 e explora temáticas relacionadas à capoeiragem, religiosidades, erotismo, musicalidades e ilustrações de textos em mostras coletivas e individuais. Possui premiações no campo das artes visuais e poesia; é oficineiro no IMAQ (Instituto Maria Quitéria) em Pontos de Cultura; Lançou os livros: Esboços (Ilustrações de Textos) e Bié (Memórias Ilustradas, Infância e Ironias) – MAC Edições; foi coordenador do Centro de Cultura Amélio Amorim em Feira de Santana e atualmente é conselheiro municipal de cultura, colaborador no movimento O Beco é Nosso, promotor do Chá de Conversa e Som e integrante do Forró Chuá de Cabaça.
Marcelo Mendonça atua como artista visual há 15 anos, pós-graduado em design e direção de arte em Salvador e Madrid. Marcelo teve uma ilustração selecionada e publicada no Catálogo do XI Salão Internacional de Desenho para Imprensa de Porto Alegre. Criou e Expôs o projeto de fotos Abrace a Vida – em benefício da Instituição Beneficente Conceição Macedo em que fotografou personalidades como Mercedes Sosa, kweku Mandela e Richard Gant. Prêmios: 2014, Título de Embaixador da Paz por Universal for Peace (entid. consultiva da ONU); 2013 Primeiro lugar do prêmio de Ilustração Internacional Sky Gallery Art de Barcelona.
Raimundo Carvalho é um artista plástico de matriz regionalista, autodidata, que trabalha com pinturas, desenhos e esculturas com bases na Eco Arte. Baiano, natural de Biritinga, atualmente reside em Teofilândia. Já expôs nos Estados Unidos e na Europa. Sua arte tem inspiração no Sertão do Sisal com suas Mulheres, suas Manifestações Culturais e o bioma Caatinga. É autor dos projetos A Poética do Feio, Mulheres – Caatinga, Mulheres Sertanejas e Caatinga – Um Fio que (ainda) Pulsa.
Pedro Juarez nasceu em Araci, BA. É professor e artista visual. Com a fotografia procura capturar diversas cenas do universo sertanejo, onde mora e trabalha. Neste ensaio, mostra a vida simples do trabalhador rural, com seus cenários de resistência, que mesmo com toda aridez, se adapta e encontra sentidos criando uma paisagem com cores, cheiros e sabores. A fé, cheia de sincretismo, traz fortes significados e símbolos, e, muitas vezes, é o que mantêm fortes e com esperança os habitantes desse mundo árido e permeado pela magia.
Jaquisson Batista, autodidata, é natural de Feira de Santana, escultor e desenhista. Em seu trabalho envolve cultura e mitologia em esculturas de metal e gravuras com linguagens próprias e envolventes. Com esculturas com sucatas a beleza de seu trabalho salta aos olhos num envoltório de misticismo e materialismo.
Julio Firmo, estuda História, com ênfase na escravidão baiana, é autodidata, artista plástico emergente e grafiteiro, natural de Feira de Santana. Trabalha com releituras em hq’s de livros de pesquisadores, como João José Reis e Elciene Azevedo, que discutem o contexto escravista da Bahia/Brasil no século XIX. Com um estilo peculiar, seus traços aproximam as leituras dos livros a diversos públicos.
O Viva Feira compareceu ao evento e realizou um registro através de fotos reunidas no álbum postado abaixo. Confiram as fotos: |