Cansados da condição de vida do artista brasileiro, os palhaços Sifú Carvalho e Piróca estão a ponto de desistir de sua arte e abrir mão daquilo que, durante anos, foi sua razão de existir. Decepcionados com a desvalorização de seu ofício no Brasil, eles acreditam que a única saída pra evitar a ruína é partir rumo à Europa, em busca do tão sonhado “éden cultural”. Seu meio de transporte é a Trakingonça, triciclo gigante criado pelo artista plástico e cenógrafo Luis Marasca. Na bagagem, levam apenas a esperança de ter seu trabalho reconhecido e desfrutar de algum prestígio em terras estrangeiras. Mas no caminho conhecerão um menino de rua que sonha entrar para o circo e embarcar com eles na aventura.
Uma comédia debochada que brinca com as mazelas de ser artista no Brasil e nos revela a fantástica busca por um pouco de esperança, Despedida de Palhaços, do Falos & Stercus, estreou em 2012 em Porto Alegre, e marca um retorno do grupo às origens, ao utilizar o teatro de rua como ferramenta de jogo direto com o público, surpreendendo-o em seus trajetos cotidianos e interagindo com a paisagem urbana. Em Feira de Santana serão duas apresentações, no sábado (22), a partir das 11 horas, no Espaço Marcus Moraes, na avenida Getúlio Vargas e no domingo (23), às 15 horas, no Parque da Cidade, localizado Rua São Salvador, final de linha do Conjunto Feira VII.
O Falos & Stercus se insere na chamada cena contemporânea brasileira e suas investigações caminham na busca de uma linguagem própria, ou, no mínimo, de uma maneira própria de realizar sua arte. O grupo estrutura-se na pesquisa de novos paradigmas dramatúrgicos, estéticos, interpretativos e espaciais. Por isso não teme flertar com outras disciplinas, das quais não tem pudor de se apropriar e transformar amalgamando-as em uma estética fundamentalmente teatral. As criações do grupo levam a teatralidade até as últimas consequências. Essa coragem em desafiar limites e se surpreender com o desconhecido, talvez seja responsável pelos adjetivos de “inventivos” e “ousados” atribuídos ao grupo. O Falos & Stercus traz em seu currículo espetáculos de sucesso como PM2, Farsa Trágica, O Clã Destino, In Surto, www.prometeu, Vôo das Fêmeas, Mithologias do Clã e Hybris.
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No 18˚ POA Em Cena o grupo foi contemplado com o Prêmio Braskem de Melhor Espetáculo na escolha do júri popular, com o espetáculo Hybris, que também levou o Prêmio Açorianos de Teatro 2010 de Melhor Cenografia para Luiz Marasca. Durante o ano de 2013, desenvolveu intensas atividades previstas no edital do Prêmio de Fomento da Prefeitura de Porto Alegre, com oficinas, vivências e a apresentação da intervenção urbana Ilha dos amores – um diálogo sensual com a cidade, encerrando o projeto. Sobre o elenco e diretor:
Fábio Cunha (Piróca) é um dos fundadores do grupo Falos & Stercus. É especializado em técnicas de rapel para cena, tendo estudado com Stephane Girard, no “Studio” de Marseille, França. Ministrou oficina de rapel cênico em Londres e em festivais de teatro pelo Brasil. Atuou em diversos espetáculos, entre eles "In Surto", que estreou em 2001, no Hospital Psiquiátrico São Pedro. Atualmente além de se pendurar e fazer teatro, Fabio Cunha é Secretario Geral do SATEDRS.
Fábio Rangel (Sifú Carvalho) é um dos fundadores do grupo Falos & Stercus. Premiado com o Açorianos de Teatro/ Melhor Ator Coadjuvante pelo espetáculo “A Força do Hábito, atuou em 13 espetáculos apresentados em diversos estados brasileiros e países como Argentina, Portugal e Inglaterra. No cinema, dirigiu os curtas “Boa Sorte”, “Um circo em minha vida”, “Omelete”, e “27-Janela”. Destaca-se como um dos locutores mais atuantes do estado em publicidade.
Fredericco Restori (Garoto) praticamente nasceu no palco. Filho de Marcelo Restori, diretor do grupo, “Fred” desde muito cedo acompanhou a trajetória do Falos, participando de performances e dos espetáculos “Mithologias do Clã” e “Hybris”. Por este último foi indicado ao Prêmio Açorianos de Melhor Ator Coadjuvante em 2010. Fred também já atuou no cinema no longa “3 Efes” de Carlos Gerbase, nos curtas “Placebo”e “27 – Janela” e do clip da banda Pública “Casa Abandonada”.
Marcelo Restori é diretor do Falos & Stercus. Formado em 2006 na primeira turma da faculdade de cinema da PUCRS, na qual roteirizou e dirigiu, entre outros “A Porta”, “Perversa Afrodite” e “Placebo”, primeiro curta-metragem em 35mm da PUC. Iniciou em teatro no ano 1987 no extinto grupo teatral Pé-de-Palco. Em 1991, fundou com outros colegas o Falos & Stercus. De 1993 a 1998 passou pelo curso de Licenciatura em Artes Cênicas na UFRGS e, atualmente, é Diretor do Instituto Estadual de Artes Cênicas do Rio Grande do Sul.
Ficha técnica
Elenco: Fábio Cunha, Fábio Rangel e Fredericco Restori
Direção: Marcelo Restori
Dramaturgia: Fábio Cunha, Fábio Rangel e Marcelo Restori
Cenografia: Luis Marasca
Assistente de cenografia: Lia Rodrigues
Figurinos: Daniel Lion
Trilha sonora: Fabrício Licks
Fotografias: Antonio Ternura, Fernando Pires, Francesco Lisboa e Tuane Engels
Arte Gráfica: Pedro Fanti
Divulgação Porto Alegre: BD Divulgação
Divulgação Feira de Santana: Elsimar Pondé
Divulgação Sobral: Pedro César
Produção Executiva: Carla Cassapo
Produção Feira de Santana: Cia Cuca de Teatro
Produção Sobral: Emmanuel Kant
Gerenciamento de Projeto: Fábio Rangel
Apoio: Fundação Cultural Egberto Costa, Prefeitura Municipal de Feira de Santana, Ecoa Sobral e Secretaria da Cultura e Turismo de Sobral
Realização: Falos & Stercus
Serviço
Despedida de Palhaços
Dias 22 e 23 de março em Feira de Santana – Bahia – Entrada Franca
• 22 de março: Espaço Cultural Marcus Moraes às 11h.
• 23 de março: Parque da Cidade às 15h.
Dias 12 e 13 de abril em Sobral – Ceará – Entrada Franca
Informações para a imprensa:
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