Apesar de ter conquistado inclusão no mercado de trabalho e mais respeito perante a sociedade, mostrando que não é o “sexo frágil” no que concerne à inteligência e capacidades múltiplas, a mulher - por sua característica física e o machismo que, mesmo comprovadamente desmotivado, ainda persiste em existir - está ainda vulnerável à terrível realidade da violência física e psíquica.
É necessário, portanto, uma educação direcionada ao enfrentamento da violência contra a mulher. Consciente disso, a Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) realizou o “3º Seminário: Dia Internacional da Mulher”, com o tema “A educação no enfrentamento da violência contra a mulher”, promovido pelo Núcleo de Estudos Interdisciplinares da Mulher e Relação de Gênero (Mullieribus/Uefs) e o Coletivo de Mulheres de Feira de Santana (Comu). Gratuito e aberto à comunidade, o evento aconteceu durante o dia todo, na quarta-feira (12), no auditório do módulo 7, campus universitário.
Após o credenciamento, a professora doutora Rita de Cássia Rocha Moreira, do Núcleo de Extensão e Pesquisa em Saúde da Mulher (Nepem /Uefs) coordenou a “Atividade Educativa: Câncer de Mama: O que você precisa saber?”.
No início da tarde, o público, composto também por homens e que lotou o espaço, assistiu o vídeo “Mulheres que lutam!”.
Foram realizadas duas mesas, sedo a primeira com os representantes dos movimentos sociais Solange Guerra, do Comu; Lorena Caribé, representante feirense da Marcha Mundial das Mulheres e Augustina Obi, do Espaço Viva Mulher. O “Diagnóstico situacional da violência contra a mulher no Estado da Bahia” foi abordado numa mesa redonda por representantes do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher (Neim) e Observatório Lei Maria da Penha (Observe).
“A importância da escola na identificação, prevenção e intervenção da violência doméstica” foi a palestra ministrada pela pedagoga Nadjane Gonçalves Oliveira. Já a coordenadora do Centro de Referência à Mulher Maria Quitéria (CRMQ), Maria Luiza Coelho, palestrou sobre “A problemática atual da violência contra a mulher na região de Feira de Santana”.
No final da tarde, uma performance teatral simulou a agressão física vivida por muitas mulheres. Com isso, abriu-se o debate que encerrou as atividades.