Na próxima quarta-feira (12) será o lançamento de “A Terceira Lágrima”, segundo filme de Chico Oliveira, pernambucano radicado em Feira de Santana. Em entrevista, Chico, que é músico e profissional em filmagem e edição de vídeo, fala do novo trabalho e faz um paralelo com “Vida Louca - A vingança de um motoboy”.
O longa tem 90 minutos e 38 atores. Seis deles são músicos. Os personagens principais são Dito Leopardo (Gringo) Gleyce Vianna (Cláudia no passado) Adriana Vianna (Cláudia atualmente) Marcio Punk (Punk) e Luciano Barreto (Chico Bala). Veja aqui o trailer do filme.
Além do roteiro de “A Terceira Lágrima”, o filme é todo dirigido e filmado por você?
Sim. 90% do filme foi filmado por mim, só que algumas cenas foram filmadas por Binho Santana e Luís Antônio “Cegonha”.
Já é o seu segundo filme. O que mudou em sua experiência, você acha que houve amadurecimento de “Vida Louca” para cá?
A diferença é enorme em questão de qualidade de imagem, e os atores que participam dos dois já estão bem mais desenvolvidos, então isso facilitou para que a gente fizesse um filme mais elaborado.
A maioria dos atores de “Vida Louca” estão participando de “A Terceira Lágrima” também?
Digamos que 40%.
Assim como “Vida Louca”, a trama envolve drogas e violência. Você tem certo fascínio por estes temas?
São ícones que eu sempre abordei nos meus trabalhos, desde “Doce Fel”, meu primeiro filme, que eu fui convidado por Josevaldo Silva e não chegou a ser terminado. A gente terminou “Vida Louca I”, que também fala de drogas, e esse continua, mas é diferente por que esse filme é um policial mesmo e aborda também corrupção e aborto. Então, tem vários temas neste filme.
Você pretende fazer filmes com outras temáticas, como comédia, romance, alguma coisa “mais leve”?
Sim, acho que tem uma comédia pra vir aí, mas antes eu acho que vou fazer “A Terceira Lágrima II”.
E há previsão de estreia para “Vida Louca II”?
Não tem previsão ainda, porque depende de Alvenir Mamona, que ele está produzindo e dirigindo.
Como foi feita a seleção de atores e por que a presença de tantos músicos atuando nos dois filmes?
Por que eu sou músico, tenho banda, a gente está sempre junto, então sempre está aparecendo músico e eu estou acolhendo por que é legal, o pessoal tem uma cabeça mais aberta, são artistas, na verdade.
Há atores profissionais no filme ou são todos músicos e alguns amadores?
São todos amadores no sentido de não serem reconhecidos, mas esses que já fizeram “Vida Louca I” eu considero como um pessoal que já está na área. Mas nesse aqui tem Marcelo Silva, que é profissional.
Além de Marcelo, vocês entraram em contato com outros atores de teatro?
São todos atores que vão chegando, fica difícil pra gente que trabalha praticamente “no vermelho” trabalhar com esse pessoal de teatro, pois a maioria cobra.
Como foi feita a captação de recursos? Há interesse das empresas de Feira em apoiar esse tipo de trabalho cultural na cidade?
É uma coisa muito difícil. Quando você propõe para uma empresa, eles querem retorno, eles têm medo de investir num projeto e não dar certo. Mas tem muitos que apoiaram, como Gylló da Bahia, que apoiou do começo, praticamente, ao fim do filme, através da Nykkys Pipocas. Hoje a gente é praticamente sócio, ele é um dos produtores do filme.
O lançamento já é de hoje a oito. Quanto custa o ingresso e onde está sendo vendido?
O ingresso custa R$ 10 e a gente está vendendo na Nykkys Pipocas, no Shopping Boulevard, e eu mesmo e os atores estamos oferecendo.
Quanto custa o DVD e onde será vendido?
Esse ingresso já dá direito a um DVD. Você chega lá e troca, e entra com o filme depois volta e assiste em casa de novo.
E depois, quem não puder ir para o lançamento, onde vai poder adquirir?
Na Nykkys Pipocas; na Zorro Vídeo, na Praça da Kalilândia, e a gente vai também pegar um carro de som e sair vendendo, como a gente fez com “O motoboy”.
Será também a sua despedida da banda Toca Raul, pois agora você agora é evangélico. Como será isso?
A gente vai estar com Eduardo Scott, vocalista da banda Camisa de Vênus, e vem fazer uma participação especial. Vai ser muito legal.
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