Surpresas de um perfil musical diferente e até visual novo foram revelados por Dionorina, consagrado por ser um dos maiores porta-vozes do reggae de Feira de Santana, com nome no cenário musical nacional. Mais maduro, ele celebra agora seus 40 anos de carreira com o show “Dionorina Acústico 40 Anos”, que animou o teatro de arena do Centro Universitário de Cultura e Arte (Cuca).
Valendo-se dos conhecimentos em música erudita, adquiridos quando estudou no Seminário de Música do Cuca, o artista fez “um resgate da minha primeira forma de fazer música, interpretando composições de Elomar Figueira, Hélio Contreiras e os habituais parceiros”, explicou Dionorina, se referindo a Ébano, Jorge Magalhães, Jorge Papapá, Manuca Almeida e Matias Moreno.
Conforme ele, foi feita “a releitura de uma trajetória percorrida nesses 40 anos de carreira, construindo e aprimorando o trabalho”. Mostrando versatilidade, ele passeou por vários estilos, incluindo músicas românticas e MPB, algumas delas autorais, e fechou a apresentação com o sucesso “Cobra Coral”, de Jorge de Angélica, que não pode faltar em um show de Dionorina.
Com um público vasto e muito animado, que mostrou que é seguidor do cantor, independente de estilo musical, ele foi acompanhado por uma banda de alto gabarito: Os alunos da Escola de Música da Uefs Roney Ribeiro (violão) e Otto Ribeiro (violoncelo), Sérgio Magno (violão e baixo), Carol Lopes (flauta) e o percussionista Zé das Congas.
O evento foi realizado pela Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), por meio do Centro Universitário de Cultura e Arte (Cuca) e contou com ingresso por um quilo de alimento não perecível, doado ao abrigo Casa de Passagem.
Cabelo curto
Depois de 38 anos sem “ver tesoura”, Dionorina, embora relutante, cortou seus longos dreadlocks. O consagrado reggaeman feirense atendeu a uma recomendação médica, já que seus cerca de 2,5 quilos de cabelo, considerado o símbolo do artista, exercia forte pressão sobre a coluna. Confira as fotos abaixo: