O livro “O paradoxo do amor”, do amigo Lucio Escobar, é uma obra fascinante, que aborda a complexidade desse sentimento indefinível e como muitas vezes nossas ações e emoções podem parecer contraditórias, quando estamos amando alguém.

O autor nos mostra esse paradoxo sob diferentes ângulos, como por exemplo o aspecto psicológico e filosófico, ensinando-nos que o amor pode ser ao mesmo tempo libertador e limitante, alegre e doloroso. Além disso, nas entrelinhas da narrativa, existe ainda a ideia de "dar e possuir", no contexto do amor, paralela à necessidade de ser amado, algo que é um aspecto fundamental nos labirintos fascinantes desse paradoxo.

O autor nos presenteia com o ensinamento de que a busca pelo amor e pela aceitação pode ser ao mesmo tempo uma fonte de alegria e de sofrimento, a depender da forma como nos portamos diante do ser amado. A valorização e o conhecimento de si mesmo, como pessoa, vai nos deixar fortes num relacionamento, que mesmo chegando ao insucesso, não desmoronará as nossas bases psicoemocionais.

Além de todo esse ensinamento, pode-se discutir como a dependência emocional e a necessidade de ser amado podem influenciar as relações amorosas e a autoestima das pessoas. Também é interessante notar no texto como essa necessidade pode se manifestar de maneira diferente em cada indivíduo, levando em consideração as experiências pessoais e o contexto social.

Abordando a completude (ou, por que não dizer, a incompletude) do ser humano, o autor dá um show, quando discorre como muitas pessoas projetam no amor do outro a expectativa de que ele as complete, preencha suas lacunas e resolva seus problemas emocionais. Essa fantasia pode gerar uma pressão desnecessária sobre o relacionamento e sobre o próprio parceiro (a), contribuindo ora para a idealização do amor, ora para a decepção, quando as expectativas não são atendidas. “O Paradoxo do Amor” nos mostra como a busca pela completude num relacionamento pode influenciar a autoestima e a autonomia individual.

A capacidade de amar é abordada no livro, numa linguagem clara e acessível, nos mostrando que essa capacidade está intrinsecamente ligada à capacidade de aceitar a si mesmo e aos outros, incluindo as imperfeições e contradições inerentes a cada ser humano. Além disso, a obra nos mostra que a autenticidade de cada indivíduo é fundamental para o exercício pleno do amor, permitindo que as pessoas se conectem de forma genuína e significativa, explorando essa capacidade de amar, cultivada e desenvolvida ao longo da vida, por meio do autoconhecimento, da empatia e do perdão.

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