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OLHOS DE COLHEITA: 50 ANOS DE CARREIRA DE JERÔNIMO

Exposição no Museu de Arte Contemporânea
Publicado em: 14/05/2024 - 15:05:49
Fonte: Autoria - Davi Santana de Lara - 4 de maio de 2024


    Jerônimo iniciou sua trajetória como artista profissional numa exposição individual no Museu Regional de Arte (no mesmo edifício onde hoje está o Museu de Arte Contemporânea – MAC) no dia primeiro de junho de 1974, aos 16 anos de idade. E em maio de 2024 ele volta ao mesmo local para comemorar 50 anos de carreira. Nestas cinco décadas, o artista construiu uma obra prolífica e versátil, com dezenas de exposições e transitando em diversas formas de expressões artísticas.
    Nesta exposição comemorativa, estão expostas esculturas, desenhos, gravuras e pinturas, todas produções recentes. O universo temático das obras tende a se concentrar em figuras humanas, mas dentro deste universo há uma grande variação que explora diversos aspectos do humano, do divino ao cotidiano, do masculino ao feminino, do maravilhoso (carrancas) ao social (trabalhadores do campo). Há também uma forte marca de territorialidade em suas obras, que remetem, seja pela estética, seja pelos temas, à realidade e ao imaginário nordestinos.
    Sobre o título da exposição, "Olhos de colheita", há uma explicação. Recentemente, Jerônimo, que nasceu em Feira de Santana mas mora há mais de 15 anos em Ibicoara, na Chapada Diamantina, pegou a mania de desenterrar pedras. Se alguma pedra lhe chama atenção, ele pega enxada e a desenterra. Depois, lava a pedra, descansa ela ao sol e a guarda junto com as outras pedras que já havia desenterrado. Ele vê em cada pedra dessas uma beleza singular, e é contagiante ouvi-lo falar sobre elas.
    Para mim, que acompanho há mais de 20 anos o processo criativo de Jerônimo, a paixão e a entrega quase obsessivas de como ele se dedica às suas pedras me lembram muito o modo como ele se relaciona com a arte. Da mesma maneira que ele colhe as pedras que encontra por aí, Jerônimo pinta, desenha, entalha e esculpe como se estivesse colhendo alguma forma que lhe chega por meio da intuição, reflexão ou observação do mundo. Essa intensidade e essa urgência, que ditam sua ética de criação, marcam sua obra e são, para mim, algumas das suas maiores virtudes.



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