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SALVE, JORGE!!! FEIRA DE SANTANA PERDE UM DOS SEUS MAIS IMPORTANTES ARTISTA

Jorge de Angélica faleceu na noite desta segunda-feira, 30/10, aguardando a transferência por ambulância para unidade hospitalar de Salvador.
Publicado em: 02/11/2023 - 19:11:34
Fonte: Viva Feira


     Jorge Reggae de Angélica é o nome mais adequado para esta figura especial que povoou a música feirense, durante muitos anos, com suas canções memoráveis.
     Adotou a Rua Nova como seu torrão, como se realmente fosse esse o seu lugar de origem, embora tenha nascido no bairro da Kalilândia, viveu respirou e transpiro a Rua Nova, e a partir dali projetou Feira de Santana como um grande celeiro de reggae, que hoje, é reconhecido Brasil afora. 
     Começou a se destacar na sua carreira em 1986, no Festival da Cultura Negra realizado na Rua Nova, local que já havia adotado, e onde situava sua vida e seu trabalho como cantor e compositor. Lá, na Rua Nova, era um líder, mobilizou-a artisticamente e manteve a região como o berço local do reggae.
     Recentemente vinha promovendo em benefício de Nunes Natureza, shows, para que este, fizesse uma cirurgia, mas descuidou da própria saúde. Jorge era como um grande pai da nação regueira de Feira de Santana, atento ás necessidades de todos ao seu redor, mas invariavelmente esquecia de si, e nos deixou precocemente. No seu mais recente trabalho teve a preocupação de valorizar e mencionar os Garis, esse era Jorge de Angelica, um ser humano preocupado com outros seres humanos, com os oprimidos, sempre confiando em Deus, em Jesus.
    Sempre defendeu os mais fracos e pobres, era um guerreiro que pregava paz e a justiça, seus trabalhos demonstram esta vocação, seus primeiros álbuns são: “Sopa de Papelão”, “Confiança em Deus”, “A Luta Continua”, “The Best of Jorge de Angélica” e suas canções, quase sempre popularizavam com certa facilidade, pois traziam uma carga de emoção e uma linguagem bem próxima da população das periferias, como constatamos em Bahia Negra ou Cobra Coral, esta última chega a ser considerada o hino oficioso de Feira de Santana
     Jorge conseguia contestar sem ser panfletário ou agressivo. Sempre provocou no público e nos amigos a impressão de uma pessoa do bem, era um guerreiro e um construtor.
     Um depoimento escrito por amigo que pouco o conhecia, no dia de seu falecimento, no WhatsApp de André Barreto relata:
“Toquei pra ele somente uma vez, um projeto de Leno Peixoto, Noites Autorais no Margarida Ribeiro, tive a oportunidade de conhecer as canções, uma não lembro bem, mas retratava a pureza do canto dos passarinhos e sempre tinha uma questão social, tocamos poucas canções, porém reconheci nele um universo de um protesto de um povo sofrido, uma poesia oriunda da periferia, um grito artístico que de certa forma dava um tapa na cara da sociedade que acredita que a periferia só pode ofertar violência, vi um homem calmo, pacífico e resiliente na minha frente, nunca o conheci profundamente, jamais saberei os seus defeitos e qualidades, entretanto artisticamente percebi o valor de um homem que representava de forma genuína o povo sofrido feirense, eu o olhava e sentia a Rua Nova.”
     Sem dúvida Jorge de Angélica tinha uma áurea especial, construtiva, um líder, um grande artista, o criador dos projetos “Cobra Coral” e “Mão Angelical Jesus com Gente”, foi também fundador do Afoxé Pomba de Malê, Jorge nos fará falta, muita falta, com certeza!
O reggae, a música, a cidade, todos nós perdemos com a ausência de Jorge de Angélica em nosso cenário artístico e cultural!

 

- O canal do Viva Feira, no Youtube, prestou uma homenagem a Jorge e publicou músicas dele e amigos em um show de Café Teatro do Sesc e alguns outros no Teatro Universitário do Cuca. Confiram: https://www.youtube.com/live/34hkYzU61U8?si=7FG-mGKwXNdeh74K
 



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