O crime de ódio contra a mulher é um crime sangrento que vem sendo praticado por milênios. Em todos os tempos a literatura, a música, a filosofia, a história, a ciência e arte produzidas pelos homens desprezaram, inferiorizaram e tomaram as mulheres como tolas, vadias, loucas, mentirosas, perdidas, perigosas e sem princípios.
Por toda parte escritores, poetas, filósofos, artistas e cientistas tripudiaram das mulheres e como o conhecimento, até pouco tempo atrás, foi interditado às mulheres, consequentemente nenhum ou quase nenhum homem tomou o partido do sexo feminino.
Assim, o mundo das mulheres, descrito pelos homens nos livros, sempre foi um mundo jocoso e ridículo. Daí é muito difícil para a mulher lutar contra todo este ódio produzido por milênios. Além disso, a engrenagem da misoginia é muito complexa, nisso nem todas conseguem entender o funcionamento desta fatalidade.
Importa dizer que o crime de ódio se expressa pelas condições de como o corpo da mulher é encontrado. O homem que odeia a mulher não só a estupra, como também mata a mulher com terrível brutalidade. Esta é a herança de um país de cultura patriarcal.
O assassino de mulheres desfere golpes de faca com tanta raiva e força que a faca quebra no corpo da mulher. Observem que não são uma nem duas facadas, são 50..., 100..., 120 facadas! Um inquérito policial registra que um homem matou uma mulher e andava com a cabeça dela numa bolsa, não basta somente matar, tem que decapitar e expor como troféu a cabeça da mulher. São desumanos demais!
Enquanto não tivermos literatura, poesia, filosofia, ciência, música, cultura e livros suficientemente fortes para ecoarem nos ouvidos do mundo de que a mulher não é propriedade de ninguém, sem dúvidas, o crime de ódio contra a mulher vai continuar nos assombrando.