Das coisas do coração o que se leva?
Difícil de compreender o insone rebelde.
Lembranças correm pelas veias.
Saltita nos ombros o fardo do relógio.
A saudade, companheira vigente,
Arrasta grilhões de lágrimas.
Trazemos nas costas
A bagagem dos anos inocentes
Sem proveito dos tempos floridos.
Queremos saber da consciência?
A paixão acelera o passo, esquecendo-a.
De reflexo imediato, duradouro,
O coração pulsa sem freios
Não há mão que se atreva a segurá-lo nos trilhos.
Irremediavelmente,
Estamos condenados,
Ao modo de uma carreta,
Pesada,
Sem direção,
Sem controle dos pés.