SEU PACHECO
Ricardo
Pacheco Reis, cantor, compositor e multinstrumentista,
é soteropolitano, nascido em 03 de setembro de
1979, sob o signo de virgem, cresceu e estudou em Salvador,
já convivendo em meio musical, cedo, com apenas
16 anos, iniciou sua carreira tocando e cantando nos
bares do Pelourinho, sem no entanto se distanciar dos
estudos, se graduou em Letras e atualmente faz pós-graduação
nesta área, na UEFS. Mudou-se para Feira de Santana
no ano de 2000, e tendo se integrado a vida cultural
da Universidade, juntamente com Gabriel Ferreira, criaram
o "Bando Farinha de Guerra", hoje uma referência
na música de raiz da região, tornando-se
cada dia mais popular para o público de um modo
geral. O apelido de "Seu", que na nossa região
tem alguns significados, além da forma popular
de Senhor, pode perfeitamente ser uma sinal de respeito,
mas neste caso seria comummente em decorrência
da idade, o que não é o caso, pois Pacheco
é jovem e mantém uma figura jovial. Pode
ser também por uma condição hierárquica,
e neste caso pode se aplicar a Pacheco, por ocupar uma
posição dentro do "Bando Farinha
de Guerra" que lhe dar a aparência de líder,
mas pode ser ainda, por respeito a algumas habilidades
especiais do indivíduo, e neste caso, também
se aplica a Pacheco, pois é um senhor artistas,
com um senhor bom gosto, com uma senhora competência,
o que naturalmente torna justo o tratamento de "Seu
Pacheco", um jovem artista com um senhor trabalho,
valorizando a cultura sertaneja e nordestina. Versado
em instrumentos de cordas, violão, baixo e guitarra
principalmente, tem formação em violão
clássico, mas definiu-se pela música regional
nordestina. Indica Alçeu Valença como
um de seus ídolos, e define o samba de catimbó
muito bem representado por Jackson do Pandeiro, Gordurinha
e João do Vale e também Luiz Gonzaga,
como suas principais influências. É professor
de literatura, e seu sonho é ver a valorização
da música de raiz. A única banda que já
participou é o "Bando", que também
é seu principal projeto e um dos fundadores (surgida
em agosto de 2001). A bem da verdade o "Bando Farinha
de Guerra", precisa apenas de mais reconhecimento,
principalmente além das fronteiras feirenses,
pois não é mais um projeto, é na
verdade um trabalho elaborado, de primeiríssima
qualidade, que para gostarmos só é preciso
conhecer. Para Pacheco e o pessoal, da banda, tratar
o "Bando", como projeto implica na necessidade
de levar o trabalho a outras plagas e conseguir o reconhecimento
merecido, se possível a nível nacional.
Não é uma banda financiada por nenhuma
empresa ou empresário do ramo e, seus componentes
não mostram disposição em fazer
concessões a direção de seu trabalho
para serem aceitos pela mídia convencional. Têm
um trabalho, um conceito formado deste trabalho, e querem
apresentá-los na forma concebida para o público,
sem submeter-se as veleidades do mercado. Seu Pacheco
se vê como um ser em expansão e sua frase
predileta é "Sonho que se sonha só,
é um sonho, sonho que se sonha junto é
realidade", o que demonstra sua característica
inequívoca de líder. Seu trabalho autoral
tem alguns parceiros de fé, Anderson Serra Vale
e Andre Marques. O trabalho de Pacheco no "Bando"
já foi premiado na 1ª Mostra Universitária
do Semi-árido, tem um cd gravado ao vivo amadoristicamente,
outro também gravado ao vivo entre setembro e
novembro de 2009, nos estúdios no MQ, Studio
Móvel durante a sua passagem em Feira de Santana.
Registro Visual, o bando tem no Encontro Regional de
Letras e na Feira da Mandioca em Irará, devendo
a qualquer momento presentear o público com um
DVD, mas do que necessário e merecido para o
público de bom gosto. Embora tenhamos afirmado
que o "Bando" não é mais um
projeto, mais sim um trabalho conceitualmente pronto,
por outro lado, é imperativo afirmar, pelo talento
de Seu Pacheco e seus parceiros, é sem dúvida
uma obra em progresso, que elevará a música
regional ao patamar que ela merece estar. (Viva Feira
- 2010)