Os cinemas estão cheios
E os carros aceleram
em todas as direções
Algo rola no asfalto
Pessoas apressam-se aos Teatros
E nos Bares e Restaurantes
se formam filas e filas
E o destino faz seu trabalho
Os homens correm por cima do final de semana
Para aplacar suas carências
e externar suas alegrias e dores
E o destino apressa suas tragédias
Os luminosos e os néons brilham
e os aromas dos perfumes se espalham pela noite
E o destino prega suas peças
e ri de suas pressas
Um corpo Imóvel no asfalto
No asfalto
Quatro velas
a iluminar um lençol branco
e um fim de semana que não virá
Em algum lugar
a mão da paciência
afaga uma espera inútil
A noite se aprofunda em trevas
numa confusa mistura de conversas, risos e gritos
É apenas mais uma noite de sábado, como tantos outros.