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QUEIMEM A BRUXA!!!


Publicado em: 25/01/2016 - 13:01:22
Fonte: Maiara Santos


    Há quem acredite que o passado fica no passado, não se engane, ele está bem presente em nosso cotidiano, mesmo que muitas vezes, de forma imperceptível. Os grandes momentos de horrores passados, como os regimes totalitários e a Santa Inquisição, são exemplos de acontecimentos que deveriam ficar na memória apenas como lição, mas estão presentes de formas disfarçadas na sociedade, mesmo ela fingindo não ver, ou talvez não veja realmente.
     O que dizer das bruxas de Salém? Para quem não sabe, Salem é uma cidade de Massachusetts, onde, por causa de superstição, intolerância e fundamentalismo, foram julgadas e executadas pessoas acusadas de bruxaria e feitiçaria (1692). Um episódio claro, da crueldade e cegueira humana, com seu instinto de justiça cega.
     Mas voltando um pouco no tempo, temos a Idade Média, com a Igreja Católica no poder, vimos que a Santa Sé e a Santa Inquisição de “santa“ só tinham o nome. Pessoas que não seguissem as regras da Igreja, eram consideradas hereges, sendo perseguidas, julgadas e muitas vezes torturadas e executadas. Sem falar na quantidade de mulheres que foram queimadas na fogueira acusadas de bruxaria.
     E a sociedade “moralista” e de fiéis a igreja, apoiavam, e cruelmente iam as praças assistir e gritar “queimem a bruxa”, dizendo serem suas ações em nome de Deus. Em nome de Deus torturavam, apedrejavam, matavam, queimavam… E ao fim do dia iam dormir com o pensamento de que cumpriram a vontade do Senhor.
     Hoje não é diferente. A sociedade dá outros nomes, mas são os mesmos eventos. Vemos a perseguição a homossexuais, negros, vemos o feminicídio, o preconceito, a intolerância… causando mortes, transtornos, violência… e as pessoas chamam isso de “casos isolados”. Não mesmo! São recorrentes, são históricos… é uma ´´Inquisição Contemporânea``.
     Quantas pessoas são perseguidas por pensarem diferente, por agirem diferente, irem de encontro ao padrão? E o discurso dominante é: respeito, tolerância e consciência, sendo que esses, que dizem vestir a camisa da paz, muitas vezes perseguem o outro, “puxa o tapete”, trai, mente e finge ser um “doce seguidor do Senhor”.
     Uma sociedade de “queimem a bruxa”, de hipócritas e falsos moralistas, jamais vai crescer e encontrar o verdadeiro sentido de cidadão, ser humano e religião.
 

 

 




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