Sou a certeza da dúvida,
Talvez dúvida das certezas,
Sou inocente da culpa,
Culpado pela indefesa.
Sou meio que por inteiro,
Inteiro pela metade,
Sou parte de um todo cheio,
Sou cheio de toda parte.
Meu medo não mais me tem,
Ter- me seria coragem,
Valente é a covardia do medo,
Temo um dia ser eu o covarde.
Do tudo que tenho, é nada,
De nada me vale o tudo,
De onde venho, o vazio...
Vazio é não vir do mundo.